Esta é normalmente a pergunta que toda a gente faz quando se
fala em paraquedismo.
No entanto este não é um verdadeiro problema dos paraquedistas,
pois os saltos são sempre efectuados com dois paraquedas -
um principal e outro de reserva.
Os paraquedas são construidos de forma a nunca falharem uma
abertura a não ser que sejam dobrados de forma deficiente.
Para além disso os paraquedas utilizados em instrução possuem
obrigatóriamente um sistema de segurança que torna impossível
a chegada ao solo sem um dos paraquedas aberto.
Sair de um avião a muitas centenas de metros de altura não é
uma coisa que se faça sem alguma dose de medo, mesmo para quem
já o tenha feito milhares de vezes.
No entanto para quem faz o primeiro salto o medo é
perfeitamente dominável e raras vezes um Aluno se recusa a sair
do avião. No Paraquedismo Desportivo nunca se empurra um Aluno
quando este não consegue dominar o medo.
Aliás, o paraquedismo é um Desporto emocionante porque o factor
medo está sempre presente.
Com os paraquedas que todas as Escolas em Portugal utilizam, as
aterragens equivalem a pequeno salto de uma cadeira.
Estes paraquedas são orientáveis, permitem vencer grandes
distancias, e só não se aterra suavemente se não se cumprir as
instruções dadas nos Cursos.
Sim. Qualquer pessoa que não sofra de uma deficiência e tenha
mais de 17 anos pode fazer um curso de paraquedismo.
Não se recomenda no entanto a prática de paraquedismo a pessoas
que tenham problemas graves na coluna ou nos ouvidos.
Existem várias Escolas de paraquedismo em Portugal. Pode
consultar neste Site as Escolas recomendadas pela Federação.
Os cursos decorrem sempre aos fins-de-semana e os saltos são
efectuados em Aérodromos autorizados.
Para saber o custo e a duração telefone para qualquer uma.
Num salto de queda livre (ou de abertura manual) o paraquedista
sai do Avião de uma altura habitualmente entre os 3.000 e 4.000
metros abrindo o paraquedas a cerca de 900 metros do solo.
Neste espaço, que dura cerca de 45 a 60 segundos o paraquedista
voa a uma velocidade vertical de 220 km/hora podendo através da
mudança da posição do corpo efectuar diversos movimentos em
todos os sentidos e aumentar a velocidade vertical.
O paraquedismo apesar do mito de ser uma actividade muito
perigosa só se torna perigosa quando o Praticante ignora as
regras de segurança.
No paraquedismo muito raramente existem acidentes provocados
por terceiros ou por falha de material.
Voltando á 1ª pergunta podemos dizer que se o paraquedas
principal não abrir ou abrir mal foi porque o Praticante não
o dobrou ou abriu correctamente.
Mesmo nesta situação existe sempre o paraquedas de reserva
em perfeitas condições para ser utilizado.
As competições no paraquedismo dividem-se em em várias disciplinas que passamos a descrever:
- Precisão de Aterragem (Accuracy Landing) - O paraquedista sai do avião a cerca
de 1.000 metros de altura e tenta aterrar o mais próximo
possivel de um alvo que mede 2 cm de diametro. Só são
considerados valores abaixo de 16 cm.
- Estilo em queda livre (Freefall Style) - O paraquedista tem de efectuar em
queda livre um conjunto de voltas sobre o seu eixo vertical e horizontal no menor espaço de tempo possível. A avaliação
é feita a partir do chão com uma câmara de longo alcance.
- Voo de Formação (Formation Skydiving) - Equipas de 4 ou 8 paraquedistas tentam no
espaço de tempo de 35 ou 50 segundos respectivamente efectuar o maior numero de figuras no plano
horizontal durante a queda-livre. As figuras são escolhidas previamente, e a altura de saída do avião
varia entre os 3.000 e 4.000 metros. Cada equipa é filmada por um Cameraflyer.
- Voo de Formação Vertical (Vertical Formation Skydiving) - Semelhante à disciplina anterior
mas em que Equipas de 4 paraquedistas tentam efectuar o maior numero de figuras usando tanto o plano horizontal como o vertical.
- Formação de Calotes (Canopy Formation) - Semelhante ao Voo de Formação, sem ser em queda livre mas sim com a calote
(paraquedas) aberta. A equipa tenta fazer o maior número de formações com o voo das suas calotes.
- Disciplinas Artísticas (Artistic Events):
- Estilo Livre - O paraquedista durante a queda livre efectua durante 45 segundos um conjunto de manobras acrobaticas que
são avaliadas em função da sua técnica e beleza. A equipa é formada pelo Performer e pelo Cameraflyer
(aquele que filma).
- Freefly -Semelhante ao Estilo Livre mas efectuada por uma equipa de 3 paraquedistas, sendo um deles o
Cameraflyer, que interagem numa atitude e estilo de maior liberdade e descontração.
- Paraski - Conjunto de provas de Aterragem de Precisão e
de Ski na neve.
- Pilotagem de Calotes (Canopy Piloting) - Concurso contituido por várias provas, em que o paraquedista tem que ser exímio na pilotagem da sua calote (paraquedas), a grande velocidade junto à água e ao chão.
- Velocidade em Queda Livre (Speed Skydiving) - O paraquedista tenta atingir durante um intervalo de 1000 m dentro do seu espaço de queda livre,
a maior média de velocidade. Esta velocidade é medida por dispositivos próprios para o efeito que o paraquedista leva consigo.
- Wingsuit - O paraquedista veste um fato que forma uma asa insuflável com a passagem do ar, que lhe permite reduzir para cerca de metade
a velocidade de queda livre, ganhando em compensação no andamento para a frente. Assim poderá manobrar como se ele próprio fosse uma
asa. Por fim, abre o paraquedas para chegar em segurança ao chão.
- HandyFly (modalidade adaptada) - prática adaptada para pessoas alguns graus de deficiência, segundo uma regulamentação muito específica,
mediante classificação médica especializada e também multidisciplinar, acompanhada por instrutores especializados. Após o seguimento de toda a regulamentação e protocolos
em causa realiza-se prática e competições, tanto em queda livre real no exterior como em túnel de vento.
Em Portugal, actualmente apenas existem competições de Precisão de Aterragem, Voo de Formação, Freefly, Estilo em
queda livre (Freefall Style), Velocidade em Queda Livre (VQL) e HandyFly. No entanto, poderão vir a iniciar-se competições de outras
disciplinas.
No ano 1996 encontravam-se inscritos cerca de 1.800 paraquedistas entre praticantes regulares e alunos.
Apesar de utilizarem algum equipamento semelhante os objectivos
das duas modalidades são muito distintos. O principal objectivo
no parapente é voar com uma asa aberta o mais tempo e/ou longe
possível não existindo queda livre nem abertura inicial em queda livre.
No paraquedismo existe sempre queda livre seguida de abertura do paraquedas.